Secretaria de Saúde apresentou Protocolo de Urgência e Emergência Psiquiátrica da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)

A Secretaria Municipal de Saúde, representada pelo coordenador de Saúde Mental, Patrício Francisco da Silva, utilizou a Tribuna Popular durante a sessão ordinária desta quinta-feira (16) para apresentar o Protocolo de Urgência e Emergência Psiquiátrica da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Patrício explicou que, após a pandemia, houve um aumento considerável de casos relacionados a transtornos mentais e sofrimento psíquico, condições distintas, mas que demandam atenção especializada. Em razão disso, foi elaborado o protocolo que orienta como agir diante de uma pessoa em surto, em situações que fazem parte da natureza humana, mas que podem causar complicações na vida pessoal, profissional e social.
Ele destacou que a construção de protocolos é um processo complexo, especialmente diante das particularidades locais, e que o documento foi elaborado em consonância com diretrizes ministeriais.
“Muitas vezes, o que funciona em Resende, no Rio de Janeiro, não é apropriado para Imperatriz, no Maranhão. Assim como o que é feito em Caxias pode não servir para cá. Temos muitas especificidades e, por isso, precisamos construir documentos que façam jus às realidades do nosso município”, explicou o coordenador.
Patrício ressaltou que o objetivo é atualizar o protocolo já existente, mas que ainda necessitava de ajustes para atender adequadamente às demandas locais. Segundo ele, os procedimentos foram aprimorados com respaldo técnico e teórico, sendo fundamental que as ações se consolidem como política de Estado, garantindo sua continuidade.
O novo protocolo serve como um norte para os profissionais da saúde, facilitando a atuação em casos de urgência e emergência psiquiátrica. Entre outros pontos, o documento aborda o contexto dos transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, priorizando a análise da pessoa e não apenas da doença, o que torna o atendimento mais humanizado.
Entre as medidas previstas, o protocolo estabelece que o primeiro passo é preservar a vida do paciente, que depois poderá ser encaminhado ao leito de saúde mental. A vereadora Rosângela Curado (PL) destacou que o protocolo foi elaborado por uma equipe multidisciplinar, com foco nas reais necessidades da comunidade.
“Gosto dessa visão diferenciada do protocolo de saúde mental, quando ele estabelece a porta de entrada na atenção básica, pois ali há proximidade, diálogo com os agentes comunitários de saúde e envolvimento da própria família”, afirmou Rosângela.