A Câmara Municipal de Imperatriz promoveu, nesta quinta-feira (2), uma Tribuna Popular voltada à Campanha Outubro Rosa na cidade. A tribuna teve como foco discutir estratégias de conscientização sobre o câncer de mama, além de medidas de prevenção e cuidados com a saúde da mulher. A iniciativa contou com a participação de representantes da sociedade civil, profissionais da saúde e parlamentares, em especial as vereadoras, que ressaltaram a relevância do debate como forma de mobilizar a população e fortalecer políticas públicas de atenção à mulher.

Durante a tribuna, a conselheira do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão (COREN-MA), Lívia Bustamante, destacou que o câncer de mama é um problema grave que atinge não apenas mulheres, mas também homens, ainda que em menor proporção. Ela reforçou a necessidade de ampliar campanhas educativas e ações preventivas para garantir o diagnóstico precoce e melhores condições de tratamento.

A coordenadora do Programa da Mulher em Imperatriz, Erliny Feitosa, alertou para a importância da realização da mamografia, especialmente entre mulheres de 40 a 59 anos. “Esse é um dos principais exames para identificação dos nódulos mamários. Quem precisa fazer esse exame? Mulheres com histórico familiar, aquelas que nunca realizaram o procedimento, as que possuem mutações genéticas associadas ao câncer e aquelas que já apresentam nódulos e precisam de acompanhamento”, explicou.

Ela ressaltou ainda que a mamografia deve ser aliada a outros métodos, como a ultrassonografia e o exame clínico realizado por profissionais de saúde. Segundo Erliny, o autoexame não é mais considerado suficiente para o diagnóstico precoce, sendo fundamental que as mulheres busquem atendimento profissional para detecção de alterações.

A docente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Francisca Jacinta, chamou atenção para os números preocupantes da doença. Ela lembrou que, no Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres, enquanto no Maranhão a maior incidência de óbitos está relacionada ao câncer de colo do útero. “São duas situações que poderiam ser evitadas com a realização de exames clínicos adequados, evitando tratamentos mais agressivos, como radioterapia ou mastectomia, comuns em estágios avançados”, pontuou.

Francisca também destacou que tanto homens quanto mulheres ainda enfrentam barreiras culturais, como a vergonha e o medo, que dificultam a adesão aos serviços de saúde. Para ela, é fundamental unir esforços entre o poder público, os profissionais da saúde e a sociedade civil para fortalecer a prevenção, o cuidado e a conscientização sobre a importância dos exames periódicos.

A Tribuna Popular também contou com a participação de diversas lideranças e profissionais de saúde, como Arlete Amaral (representando o secretário de Saúde Flamarion Amaral), Emily Caroline (UBS Milton Lopes), Elayne Leite (UBS Cafeteira), Cibelly Caxias (UBS Vila Nova), Floracir Maria, Telma de Jesus e Gisely Campos (UBS Santa Rita), Suzane Silva (setor de TFD), além da coordenadora do Centro de Especialidades Médicas de Imperatriz, Ananda Santos.