Tribuna Popular destaca insatisfação de trabalhadores informais nas festividades juninas de Imperatriz

Reivindicação foi motivada por denúncias de exclusão de vendedores ambulantes dos eventos públicos do município

A Câmara Municipal de Imperatriz realizou, na manhã desta terça-feira (10), uma Tribuna Popular em atendimento a um pedido do vereador Rodrigo Brasmar (PSDB), após manifestações de trabalhadores informais que relataram ter sido excluídos das festividades juninas do município. O espaço foi concedido com urgência para que os ambulantes pudessem expressar suas reivindicações diante do parlamento.

O principal ponto abordado durante a Tribuna foi a exclusão dos vendedores informais da realização do Arraiá da Mira, evento que marca o início do São João de Imperatriz. Segundo os manifestantes, a programação, financiada por meio da Lei Rouanet e patrocinada por empresas como Suzano, Equatorial Energia S/A e Banco do Nordeste, teria privilegiado grandes corporações do ramo alimentício, mediante cobrança de taxas consideradas elevadas para os pequenos comerciantes locais.

O presidente da Associação dos Vendedores em Eventos da Região Tocantina, Jhon Almeida Moura, lamentou a situação e destacou que esses eventos são uma das principais fontes de sustento das famílias de trabalhadores informais. “Viemos lutar pelo nosso ganha pão. Viemos mostrar para vocês que estamos necessitando de respeito”, afirmou. Ele ainda relatou episódios de constrangimento e desrespeito enfrentados pelos vendedores, devido à desorganização e à falta de apoio do poder público.

Também fez uso da tribuna a vendedora ambulante Val Oliveira, que enfatizou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras informais e relembrou os prejuízos sofridos durante o carnaval deste ano, em função da má organização dos espaços destinados aos ambulantes. “Nós pedimos apoio desta Casa para que nossas lutas sejam respeitadas”, declarou.

Dalila Silva Nunes, outra vendedora que participou da tribuna, reforçou que os ambulantes são trabalhadores que circulam por várias cidades levando seus produtos e movimentando a economia local. Ela lamentou a ausência de diálogo entre o poder público e a categoria.

O vereador Rodrigo Brasmar destacou que a Câmara tem o dever de promover discussões como essa e cobrar soluções dos eventos de competência do Executivo Municipal. “É fundamental que a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SEPLU) apresente um planejamento que garanta o espaço e a atuação dos vendedores informais nos eventos públicos”, afirmou.


  • 10/06/2025
  • Departamento de Comunicação Social
  • Wallisson Santos