A Câmara Municipal de Imperatriz promoveu, na manhã desta quarta-feira (19), uma Tribuna Popular com representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão (COREN) para tratar sobre a Campanha Março Lilás. O objetivo do evento foi conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, além de estimular o autocuidado entre as mulheres.

A Conselheira Regional do COREN, Lívia Bustamante, destacou que, desde o início do ano, Imperatriz registrou 11 casos de câncer de colo de útero. Ela enfatizou que 100% da coleta de exames preventivos realizados na rede pública são feitos por profissionais de enfermagem, assim como a administração das vacinas. "A enfermagem tem grande responsabilidade na mudança desse indicador. Precisamos discutir isso porque, além dessa responsabilidade, enfrentamos desafios que muitas vezes dificultam o exercício pleno da nossa função na busca por melhores resultados", afirmou.

A enfermeira e representante da unidade móvel de oncologia, Camila Gabriela, destacou o papel da OncoRádio, instituição que oferece tratamento para pacientes com câncer de colo de útero, além de radioterapia e quimioterapia. Segundo ela, é fundamental incentivar o tratamento precoce. "Precisamos promover a saúde e garantir a prevenção precoce. As pacientes necessitam de mais atenção e conscientização, pois a informação é um dos primeiros passos para o diagnóstico", destacou.

A presidente da Associação de Amparo aos Pacientes com Câncer (AMPARE), Karla Patrícia, utilizou a Tribuna para representar a ONG e defender os direitos dos pacientes em tratamento oncológico. "A AMPARE é pioneira há 21 anos nessa luta, sendo responsável, junto ao SUS, pelo credenciamento das instituições que fornecem esse tratamento, como a própria OncoRádio e o Hospital São Rafael", afirmou Karla, ressaltando que ainda há muito a avançar na conscientização e prevenção entre as mulheres da cidade.

Sobre a doença: transmissão e prevenção

O câncer de colo de útero é causado por uma infecção persistente pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), transmitido principalmente por contato sexual. Em alguns casos, o vírus é eliminado naturalmente pelo organismo, mas, em outros, pode causar infecções que, se não tratadas, aumentam o risco de desenvolvimento da doença.

A prevenção ocorre por meio da vacinação contra o HPV e da realização regular do exame preventivo (Papanicolau), que detecta possíveis lesões no colo do útero. O uso de preservativos também é uma medida importante para reduzir os riscos de transmissão do vírus.